O homemzinho, pequenino sai de casa. Infeliz vai andando, olha para o chão, encolhido na sua pequenês, esmagado pela grandeza que o rodeia, vive acossado pelo mundo, derrotado pelos embates gigantes que ocorrem constantemente. Vai pequeno, comprimido na sua insignificancia a olhar para baixo porque o que está em cima assusta. Pequeno, tem medo de ser esmagado. Mas o homemzinho nem sempre foi pequeno, foi a vida que assim o moldou. Nasceu grande, forte, mas cada vez que fazia algo embatiam contra ele, saltavam em cima dele porque simplesmente existia e era grande, os homens não se querem grandes, querem-se pequenos, ordeiros e obedientes, e ele contrariava a tendência e reclamava o direito a ser grande, a ser maior que os outros, a olhá-los de cima. A principio tentou resistir, disse a si proprio que não se deixaria esmagar, que era grande e forte, mas o que o rodeava, era maior e destruidor. Lutou sem parar e foi-se cansando, finalmente baixou os braços porque já não os aguentava ergui...
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